Em 'Killzone 3' será possível utilizar o PlayStation Move
Dentro de uma enxurrada de novos jogos do gênero FPS, podemos citar alguns que se destacam seja pela história cativante, seja pela ação desenfreada, seja pela riqueza dos detalhes.
A série “Killzone” é um desses poucos que despertam um interesse maior nos fãs dos jogos de tiro. Desde seu primeiro título, lançado em 2004 para PS2, a competência da Guerrilla Games foi comprovada nesse quesito. Pudemos desfrutar de um título único, com um ambiente sombrio e macabro, que realmente passa um sentimento nebuloso de uma guerra.
Os ambientes urbanos, cinzas e com tons de cores frias e neutras se transformaram no campo de batalha entre as facções da Aliança Interplanetária e Estratégica (I.S.A.) e o Império Helghast. Os helghasts são uns caras truculentos, que usam uma máscara de gás e que têm como objetivo eliminar qualquer humano que atravesse seu caminho. Nessa premissa, diversas batalhas foram travadas até chegarmos ao conflito mais atual entre os dois grupos e no mais novo título da série, “Killzone 3”.
Tudo começa a partir de uma continuação direta do final de “Killzone 2”, após Sev ter derrotado Hadec e Rico matado Visari, quando uma frota de inimigos se aproxima para destruir os navios da ISA. Dentro desse inferno na Terra, você toma o posto de um dos soldados da ISA e parte para a matança dos helghasts.
Hora de Guerrear
Entre as principais novidades de “Killzone 3” está a aplicação da nova tecnologia 3D da Sony. O game foi desenvolvido desde o início para ser jogado totalmente em 3D, o que oferece ao jogador uma profundidade maior nos cenários e nas batalhas. Além disso, a produção gráfica também receberá uma polida maior e será mais detalhada, de acordo com as promessas da Guerrilla.
Diferente dos outros títulos da série, “Killzone 3” contará com ambientes menos urbanos. Entre os locais em que a guerra acontece estão montanhas geladas, florestas alienígenas e estações espaciais.
O game também terá mais ação e será mais rápido, já que outra novidade é a inserção de jetpacks, que deram as caras na versão do portátil PSP: Killzone Liberation. Com esse aparato, será possível pular para diversas plataformas e até travar batalhas verticais durante a aventura. Tanto no modo de um jogador, quanto nas disputas online, o jetpack pode ser considerado uma das “estrelas” do jogo. Se bem utilizado, ele pode fazer um belo estrago nos inimigos, coisa que também você deve temer se vir um oponente pairando sobre você em um treco desses.
O jogo também utiliza a tecnologia do PlayStation Move para alguns recursos, como o Quick Kill: ao se aproximar dos personagens sorrateiramente, é possível desferir um golpe letal sobre eles. A promessa é também de muitas armas, combates e uma física melhorada. O que significa movimentos mais realistas e uma dificuldade maior para o título – o que já é bem conhecido dos jogos com nome Killzone.
Detonando amigos
Uma das preocupações principais da Guerrilla na produção de Killzone 3 é deixar o modo online bastante atrativo. Afinal, há fãs ávidos para detonar amigos em disputas pela internet. Desta vez, o jogador está muito mais ágil e leve na jogabilidade, o que torna tudo um pouco mais desafiador e divertido. Porém, pela versão beta liberada neste ano, deu pra ver que algumas coisas continuam exatamente como antes.
Uma das características cruciais, a mira com o botão R3, continua intacta. Como o padrão de games como “Medal of Honor” e “Call of Duty” seguem com a mira no botão L1, as coisas podem ficar complicadas para alguns no começo. Mas não se preocupe tudo é questão de prática e tempo. Mais ou menos como jogar “Pro-Evolution Soccer” e depois trocar para os controles de “FIFA”.
Um dos modos multiplayer segue a mesma linha de jogos como “Battlefield: Bad Company 2”, em que o time tem de destruir uma base de cada vez, para avançar cada vez mais nos mapas. Dá também para desenvolver seu personagem ganhando pontos, o que leva a destravar bônus e traz uma interatividade maior no modo online. Dependendo da maneira que você mata o inimigo, uma quantidade de pontos é ganha. O mesmo acontece com as conquistas de objetivos.
Exclusividade do PS3
Assim como seu ritmo de jogo e suas identidades visuais únicas, “Killzone 3” também se mantém na exclusividade com o console PlayStation 3. Isso o torna uma das franquias mais potentes da atualidade. Assim como “God of War” na aventura, “LittleBigPlanet” na plataforma e “Uncharted” na ação, “Killzone 3” é referência para o console no gênero tiro em primeira pessoa.
E por falar em exclusividade, os residentes da Europa se deram melhor, já que até o fechamento desta edição, a Guerrilla confirmou uma edição especial e limitada para a região. Por lá, será possível adquirir através de pré-venda uma edição especial com capa de ferro, com um voucher para baixar toda a trilha sonora do título. De quebra, os jogadores ganham um tema dinâmico para o PlayStation 3 e dois mapas que estavam presentes em Killzone 2.
Já o mercado norte-americano ganhará uma versão de colecionador do jogo, com direito a uma réplica dos capacetes dos helghasts, livro de arte e novos mapas. Só esperamos que todas essas edições também cheguem ao Brasil.
Os fãs hardcore esperam e com razão a nova empreitada da Guerrilla. Não à toa, já que os caras não decepcionaram desde o começo da franquia “Killzone”. Agora é torcer para que a tecnologia 3D e o Move se tornem acessíveis para a maioria dos gamers brasileiros.